quarta-feira, 1 de junho de 2016

HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO - DO LIXÃO PARA FATURAMENTO DE 60 MILHÕES




Geraldo Rufino falando de superação. 

Quando eu morava no barraco tinha uma fresta na casa de madeira que entrava uma luz. E mamãe falava:
- A luz começou, é o sol, energia divina, agradeça. Você teve chance de mais um dia.

Hoje eu só mudei de endereço, a hora que de manhã cedo o sol entra (minha casa já não é mais de madeira), mas o sol entra igual e Graças a Deus, na hora que o sol entra na janela, na veneziana - EU VOLTO PRA MINHA ORIGEM.

Arrumei meu primeiro emprego para ajudar meus pais com 8 anos, com 9 fui trabalhar, já achei uma oportunidade de sair, buscar um resultado melhor trabalhando num aterro sanitário. E eu sorria. 

Sabe por que eu sorria?  Porque a minha referencia era aquela - eu trabalhava numa fábrica de carvão, ganhava meio salário mínimo, e eu achava que eu tinha uma oportunidade, eu tinha um emprego diferente dos outros meninos da favela.

Eu já achava bacana, eu não tinha porque não sorrir. 

E aliás quando eu sorria só aparecia os dentes, porque o carvão me deixava literalmente preto.

Ai no aterro sanitário a gente achava coisas pra comer, a comida que se achava no lixo, o salame, o queijo, o sorvete que jogavam fora porque estava vencido no mercado, o iogurte... cara aquilo pra nós... eu sorria. 

Aquilo era um banquete, eu não tinha acesso aquilo onde eu morava. Então eu sorria.

Desde garoto quando eu alugava carrinho pro cara ir comigo pra feira, quando eu alugava um pedaço da minha banca na feira pra vender limão junto com os meninos eu entendo o seguinte: 

- O cara não tá trabalhando pra mim. Ele tá trabalhando pra ele. Como eu tive a iniciativa é natural que eu fique com um pedaço. Eu penso assim até hoje.

Eu arrumei emprego com 13 anos de office-boy e eu empreendia, porque pra mim aquela pastinha que eu carregava era o meu empreendimento, eu não entendia que o CNPJ não era meu. Eu entendia que minha empresa era a pasta. A responsabilidade que me deram.

Aliás o melhor lugar para você empreender é no CNPJ do outro. Porque você não tem passivo. Você só tem ativo. Você só tem oportunidade. Você não tem problema. E quando você vai embora você ainda leva ativo. 

É uma oportunidade de você exercitar o seu empreendedorismo. Quando você está em algum lugar, mesmo que você seja funcionário público, vai ser o melhor funcionário público, vai empreender lá. Porque se você for bom lá, depois você sobrevive em qualquer lugar que você for. 

Empreendedor não tem que ter do meu ponto de vista horário de almoço, horário de saída, só tem que ter horário de chegada, tem que se dedicar 12 horas por dia, aí ele tem resultado.

Como empreendedor o empreendimento que eu comecei a curtir, que eu comecei a achar, juntar, catar e revender era as minhas latinhas. 

A sensação que eu tenho é a mesma hoje, a diferença é o tamanho da lata. Eu catava latinha e vendia latinha e tinha um prazer danado quando na balança me sobrava resultado. 

Hoje nós temos uma empresa de reciclagem automotiva que desmonta um ônibus ou um caminhão a cada duas horas, e eu entendo que aquilo era uma latinha e o ônibus é um pouco maior, aumentou o tamanho da lata, a sensação é a mesma, o prazer de fazer é o mesmo, a vontade de contribuir por esse país que eu acredito é a mesma. O prazer de dar oportunidade as pessoas também é o mesmo.

Você tem o privilégio de ter uma pitadinha do seu subconsciente ou do seu cérebro que faz com que você consiga uma produtividade acima da média, você não faz mais que a obrigação para agradecer este dom, em passar para o próximo.  

O que eu entendo é o seguinte. Quanto mais pessoas estiverem nesta camada de evolução, quanto mais pessoas tiverem oportunidades, quanto mais pessoas sobreviverem bem, melhor para todos. 

Todas as vezes que eu dou um passo, eu me preocupo em esticar a mão e dar uma puxadinha no próximo. Esse próximo é que vai me dar base para continuar subindo no próximo degrau.

Planejamento. É mais um. Porque é o seguinte, as pessoas fazem projetos e fazem planos por exemplo: - Esse ano eu vou ter um crescimento do PIB tal, o meu PIB vai ser não sei quanto, a China tal coisa... Cara... aí da uma chuvinha a mais, alaga e trava tudo. 

Esses dias todo mundo se encheu de planos - aí ia faltar água, desfaz os planos, não. 

Eu planejo um dia de cada vez. É claro que não é tão curto assim, mas assim, eu só faço planos daquilo que eu posso alcançar e que dependa de mim. 

Eu não delego responsabilidade a terceiro, eu não fico esperando que o governo apareça com uma novidade que salve a pátria, eu não fico esperando que aconteça nada a nível internacional ou a nível mundial que venha me fazer a diferença. 

Planejamento finaceiro um dólar ou um real. Como assim? Um a mais a cada dia. Cara você não precisa um monte. Se for mais é mais. 

Lucro não quebra ninguém. Então se todo os dias de manhã meu planejamento é "Ser alguma coisa melhor que ontem". E eu tenho conseguido isso desde garoto. 

As pessoas tem uma tendencia natural, eu acho que é uma fraqueza humana a ir para o coitadismo, ir para o lamento a procurar um culpado para os problemas que ele gerou. 

Nós somo geradores natos de problemas. Nós geramos os nossos problemas. Você gera, mas depois você quer achar alguém que responde por aquilo. 

Cara a responsabilidade é sua como pessoa. Vai para o espelho, faz uma autorreflexão, assuma os seus problemas e você vai ver que eles vão ficar pequenos. Porque eles são seus.

Ai você vai ter o domínio. Se todo mundo usar de maneira inteligente e positiva essa massa cinzenta que nós temos na cabeça. Nós vamos entender que nós podemos tudo. Se você pode tudo e você tem livre arbítrio. Porque que você vai ficar esperando um terceiro. Porque que você não tem iniciativa para resolver os seus próprios problemas. 

Ah, mais puxa... Como é que eu vou fazer sem emprego? Experimenta ir até o vizinho e pedir pra ajudar guardar um pouquinho de areia ou ajudar ele construir um muro para você ver se ele não te dá uma oportunidade.

Aquela oportunidade pode transformar você em dono da obra. Mas você precisa começar alguma coisa. As pessoas não querem começar. Elas querem que alguém traga uma solução. 

Cara Papai Noel é legal quando você é criança, depois não tem mais. Vida real. Vai buscar. É possível para todos. Tem dinheiro demais no mundo. Vivem falando em crise, governo, em economia... Cara... Ninguém poe fogo no dinheiro. Dinheiro só muda de lugar.  Vai buscar. Cara vai fazer a sua parte. 

Agora não dá pra você ter o carro X, então fica com o Y, ou fica a pé. O que que isso vai mudar na sua vida. Começa de novo. 

Cara se tem uma coisa que é legal, ainda mais pra essa época, pessoal passando em crise. É o cara assumir responsabilidade e então dizer quebrei. Não aguento mais. Vou começar de novo. 

Começar onde? No fundo do posso. É o melhor lugar que tem para começar de novo. O que que você precisa para ir para lá. Aceitar que você não conseguiu. Que você errou em algum ponto. Então começa de novo. Do fundo do posso.

Porque do fundo do posso é mais seguro. No fundo do posso não tem mais pra onde ir. É só você não cavar mais. Só você não inventar moda.

Não fica pedindo ajuda, pra jogar corda, não. Fica lá, reflita, você vai ver que quem andou de bicicleta uma vez anda de novo. Se você ganhou uma vez licitamente você vai ganhar de novo. E não é o fim do mundo. 

Ai você vai para o espelho e percebe que você tá saudável e que o dia começou de novo. 

Agradeça cara. E comece tudo de novo. 

Seja na fabrica de carvão, no aterro, na feira ou como office-boy  Geraldo sempre manteve o objetivo de empreender e ter seu próprio negocio. 

Mas foi com a sua experiência de catador de latinhas e reciclador que serviram de solução para uma das suas crises financeiras que nasceu o grande projeto de sua vida. 

A Jr Diesel é pioneira e maior empresa de reciclagem de caminhões do Brasil.

Inspire-se! Grande exemplo de superação e empreendedorismo. Que essa sementinha que ele criou de sermos um pouco melhor do que ontem, nos mova em direção aos nossos objetivos.

         LU CONCURSOS

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